Ser mais tolerante à dor, ou não, é um fator que pode ser decisivo no esporte e nos exercícios físicos, principalmente quando são práticas de alto rendimento.
Já foi comprovado cientificamente que o exercício físico aumenta a tolerância à dor e seu limiar, ou seja, o mínimo de estímulo necessário para o indivíduo senti-la, e isso acontece devido à da endorfina – substância que possui efeito analgésico, trazendo uma sensação prazerosa.
Outro fator que explica a maior ou menor sensibilidade à dor é o psicológico. Existem dados que mostram que atletas de esportes considerados “mais violentos”, que possuem mais contato e mais risco de contusão, se queixam menos e também se recuperam com mais facilidade.
Isso ocorre porque são ativados processos químicos adaptativos de proteção no corpo. Exemplo, em momentos de estresse, o corpo produz grandes quantidades de adrenalina e noradrenalina, substâncias que controlam a pressão arterial e do metabolismo, e que conferem ao corpo maior tolerância à dor.
Mas o contrário também pode ocorrer. Estudos mostram que alguns indivíduos não respondem aos estímulos nocivos da mesma maneira. Quando se aumenta o corpo à exposição à dor prolongada, aumenta-se ainda mais a sensação da dor em longo prazo. Isso pode deixar o corpo mais sensível, principalmente numa fase mais tardia da vida.
Muito comum em ex-atletas que tiveram articulações e estruturas mais acometidas por problemas de desgaste como joelho e coluna. Já foi comprovado que atletas de alto nível são mais susceptíveis a desenvolverem doenças artríticas antes mesmo de entrarem na fase idosa.