Muitas pessoas associam a busca por terapia à existência de problemas mentais, como a depressão. É possível que você pense da mesma maneira ou já tenha ouvido algum comentário do tipo. Porém, desde já, tenha em mente que pensamentos como esses são equivocados e podem afastá-lo dos benefícios da terapia.
A verdade é que qualquer pessoa precisa de cuidados com a saúde mental. Afinal, gerenciar emoções e lidar com os desafios diários, como violência, desemprego, luto etc., pode ser bem difícil.
Então, quer entender mais sobre como a terapia é útil nesse contexto e outras informações relevantes sobre ela? Continue a leitura!
O que é terapia?
A terapia consiste em sessões focadas em tratar problemas emocionais que afetam a saúde mental e geram desconforto em maior ou menor grau. Isto é, da mesma maneira que existem profissionais e técnicas para cuidar da saúde física, existem outros para cuidar da saúde mental.
Assim, no caso de desconfortos físicos, o paciente consulta os profissionais para diagnosticar o problema existente para serem tratados. Na terapia, o processo é similar, já que o terapeuta deve propor novas maneiras de lidar com as questões da vida.
É possível que você, em algum momento, tenha se perguntado se esse auxílio não pode ser buscado por meio de uma conversa com um amigo. Contudo, pense bem: espera-se que você não busque ajuda de amigos inexperientes para tratar problemas físicos. Logo, o mesmo deve ser aplicado aos problemas mentais, certo? Nesse sentido, saiba também que a terapia é conduzida por um psicólogo, e não por um psiquiatra, como muitos pensam.
Para quem é indicada?
Conforme mencionado no início do artigo, a terapia não é indicada apenas para quem sofre de problemas mentais. Além disso, não pense que é preciso chegar ao ‘’fundo do poço’’ para contar com esse acompanhamento profissional.
Afinal, a psicologia é uma área que avança constantemente e que também consegue trabalhar com questões menos graves. Desse modo, é possível prevenir problemas e elevar a qualidade de vida das pessoas, mesmo das que não lidam com questões tão delicadas.
Parte das explicações para a terapia ser tão recomendada para o público é que ela também é uma ferramenta de autoconhecimento, melhoria das relações sociais e afetivas, reorganização dos projetos etc. Assim, diversas pessoas podem ser contempladas com os benefícios das sessões.
Por exemplo, você é uma mãe que precisou lidar com a síndrome do ninho vazio após os filhos saírem de casa? A terapia ajuda a passar por esse processo de modo menos dolorido. Você tem dificuldade em controlar suas emoções ou precisou mudar de carreira? A terapia ajuda a lidar com isso.
Como funciona uma sessão de terapia?
Você já conheceu as principais indicações e alguns benefícios da terapia. Agora é o momento de compreender o que ocorre em uma sessão. Assim, saiba que ela funciona a partir de uma reunião presencial ou on-line entre o profissional licenciado e o paciente.
Nesse momento, o paciente tem a oportunidade de se apresentar para o terapeuta e relatar alguma eventual queixa, conforme desejado. Nesse sentido, o profissional acompanha a narrativa para entender as questões apresentadas e fazer pontuações, quando necessário.
Para isso, é importante que o lugar em que a terapia ocorrerá seja calmo e confortável. Afinal, isso estimula o paciente a se abrir, o que ajuda na evolução do tratamento. De todo modo, é natural que nas primeiras sessões o paciente tenha dificuldade para conversar sobre seus problemas. Contudo, à medida que os encontros ocorrem, existe mais familiaridade para falar.
De qualquer forma, saiba que você conta com o sigilo profissional, garantido pelo código de ética da profissão. Ou seja, o que foi dito durante a sessão deve ser mantido nesse espaço. Inclusive, até comentários genéricos nas redes sociais, por exemplo, sobre o que foi conversado na sessão, devem ser evitados.
A frequência dos encontros pode ser semanal, quinzenal ou mensal. Tudo varia conforme o interesse e as necessidades do paciente. O tempo de cada sessão também é variável, girando em torno de 30 a 60 minutos.
Quais são as abordagens psicólogas?
Ao pensar em terapia, também é importante considerar as diferentes abordagens psicólogas. Isso porque cada uma delas tem características diferentes, que se alinham mais a um perfil de paciente do que de outro. Confira as mais comuns:
- Psicanálise: segundo essa técnica, o indivíduo deve verbalizar livremente seus pensamentos, enquanto o profissional avalia e tenta analisar fatos inconscientes do paciente, que podem ser revelados;
- Terapia cognitivo-comportamental: essa abordagem considera que pensamentos e percepções do mundo influenciam nas emoções e no comportamento, o que é analisado nas sessões;
- Análise Junguiana: o paciente aprende a liberar suas fantasias por meio de desenhos, sonhos, pinturas, musicoterapia e outras expressões;
- Fenomenologia: a abordagem envolve autoanálise, autoconhecimento, consciência e outros elementos que ajudam o paciente a entender o significado da sua existência;
- Psicologia humanista: foca nos aspectos positivos do paciente para que ele reconheça o que de melhor tem dentro de si e eleve a autoestima;
- Behaviorismo: o terapeuta analisa as necessidades do paciente, a partir de seus relatos, e propõe mudanças de posturas para mudar seu comportamento.
Quais são os principais mitos que envolvem a terapia?
Você já tirou suas principais dúvidas sobre terapia. Contudo, saiba também que existem muitos mitos que envolvem esse assunto. Confira os principais:
- as idas ao psicólogo são restritas a quem tem transtornos mentais;
- é melhor conversar com um amigo do que ir à terapia;
- quem toma remédio psiquiátrico não precisa fazer terapia;
- a única função do terapeuta é escutar o paciente;
- o psicólogo só pode ajudar alguém caso tenha passado pela mesma situação.
Então, entendeu quais são os principais mitos envolvidos na terapia? É importante deixá-los de lado para que isso não impeça você de buscar o melhor tratamento. Afinal, como visto, existem inúmeros benefícios envolvidos. É o caso do autoconhecimento, melhor gerenciamento de emoções, reconhecimento de gatilhos e muito mais.
O que você achou deste texto sobre terapia? Conseguiu tirar suas principais dúvidas sobre o assunto? Deixe um comentário com a sua opinião!