Uma das grandes obras de Steven Spielberg, que abandonou a fantasia, a imaginação, a aventura e os efeitos especiais, ou seja, sua marca registrada, para lotar as salas de cinema com a realidade nua e crua, evidenciando a divergências sociais e o preconceito, com personagens simples e humildes.
“A cor púrpura” se passa em 1909, na Georigia, e conta a história de Celie (Whoopi Goldberg), uma jovem com apenas 14 anos que foi violentada pelo pai, se torna mãe de duas crianças. Celie foi separada dos filhos e da única pessoa no mundo que a ama, sua irmã, e é doada a “Mister” (Danny Glover), que a trata simultaneamente como escrava e companheira.
Celie fica muito solitária e compartilha sua tristeza em cartas (a única forma de manter a sanidade em um mundo onde poucos a ouvem).
Grande parte da brutalidade de Mister provêm por alimentar uma forte paixão por Shug Avery (Margaret Avery), uma sensual cantora de blues. Mas quando Shug, aliada à forte Sofia (Oprah Winfrey), esposa de Harpo (Willard E. Pugh), filho de Mister, entram na sua vida, Celie revela seu espírito brilhante, ganhando consciência do seu valor e das possibilidades que o mundo lhe oferece.
Ao assistir o filme percebe-se que tem uma alma encantadora em tudo, convence tanto pela covardia dos poderosos, ou mesmo pela poesia encantadora de Celie em lidar com tudo com uma força inacreditável.
O clássico é tão encantador que rendeu indicações: Melhor filme, melhor roteiro adaptado, melhor fotografia, melhor trilha sonora, melhor música (Miss Celie´s Blues – Sister), melhor maquiagem, melhor figurino, melhor direção de arte, melhor atriz (Whoopi Goldberg) e duas indicações a melhor atriz coadjuvantes (Opray Whinfrey e Margaret Avarey).