De fato a solidão apresenta um risco de morte prematura do mesmo nível que a diabetes.Alguns indivíduos têm grande dificuldade em serem sociáveis, de modo que qualquer evento, confraternização e possibilidade de interação com outras pessoas, causam intenso desconforto. Essas características são normalmente classificadas como um problema sério e longe de ser a ideal.
De fato a solidão apresenta um risco de morte prematura do mesmo nível que a diabetes. E as conexões sociais fortes são importantes para o funcionamento cognitivo, função motora e um sistema imune funcionando bem.
Porém, quando essa característica não é um problema de saúde, e o individuo apenas tem uma preferencia por momentos a sós, uma boa notícia: pesquisas recentes sugerem que há benefícios em ser recluso, tanto para nossas vidas profissionais quanto para nosso bem-estar.
Primeiramente é na reclusão que aparece um grande espaço criativo. Traços de personalidade comumente associados com criatividade são abertura (receptividade a novos pensamentos e experiências), autoeficácia (confiança) e autonomia (independência) – tudo inclui uma “falta de preocupação com normas sociais” e “uma preferência por ficar a sós”.
Outra característica é que pessoas introvertidas têm uma tendência menor de se sentir ameaçadas por personalidades fortes e sugestões. Elas também têm uma tendência maior a ouvir.
Mais um benefício da insociabilidade é o estado do cérebro de descanso das atividades mentais, o que caminha de mãos dadas com a quietude de ficar só. Quando outra pessoa está junto, seu cérebro não consegue não prestar atenção. Isso pode ser uma distração positiva. Dessa forma, sonhar acordado na ausência dessas distrações ativa a conexão predefinida do cérebro, consolidando a memória e entendendo as emoções dos outros.
O segredo e a maneira de aproveitar dessa característica é saber dosar: qualidade é melhor do que quantidade, de forma que nutrir algumas relações sem sentir obrigado ou pressionado a participar de convenções sociais.