Dormir bem é indispensável para o bem-estar e para a qualidade de vida. No entanto, é importante que você entenda quais são os distúrbios do sono que mais afetam as pessoas, tendo em vista que esses problemas geram danos à saúde de cada um, já que trazem uma série de sintomas, como falta de concentração, irritações, dores de cabeça, entre outros.
Então, você sabe quais são os distúrbios do sono mais frequentes, quais são as suas características, como o tratamento é feito e demais informações sobre o assunto? Continue a leitura deste artigo para descobrir!
O que é distúrbio do sono?
Trata-se de um conjunto de várias condições ou doenças capazes de afetar o sono das pessoas, impossibilitando-as por completo de dormir ou tornando o sono insuficiente, o que significa que o indivíduo dorme, mas não consegue se sentir recuperado ou descansado.
Entre os principais sintomas que podem ser observados estão:
- falta de concentração;
- ansiedade;
- dificuldade de pegar no sono à noite;
- irritação frequente;
- sonolência e cansaço durante o dia;
- sensação de não ter dormido o suficiente;
- dor de cabeça;
- depressão, entre outros.
Quais são os distúrbios do sono?
Existem alguns distúrbios do sono que são mais frequentes. A seguir, veja quais são os principais!
Insônia
A insônia se trata da dificuldade de pegar no sono e de mantê-lo continuamente no decorrer da noite, bem como do despertar antes do horário esperado. Essas crises de insônia podem estar ligadas a vários aspectos, por exemplo, provas, compromissos, problemas emocionais e clínicos, excitação associada a certos eventos e demais. Contudo, pode se tornar crônica e gerar muito sofrimento ao longo do tempo.
Bruxismo
O bruxismo se caracteriza pela ação involuntária de apertar e ranger os dentes, levando a complicações desagradáveis, como dores de cabeça frequentes, alteração nos dentes, dores e estalos na mandíbula.
É um distúrbio comum em crianças, mas pode também se manifestar entre os adultos. Ele pode acontecer tanto durante o dia quanto ao longo da noite, ocorrendo, na maioria dos casos, na hora de dormir.
Sonambulismo
Esse distúrbio gera comportamento inapropriado no decorrer do sono, chamado de parassonia, em que ocorre uma mudança no padrão do sono devido à ativação de regiões do cérebro em horas inadequadas. Destaca-se que ele pode acometer pessoas de qualquer idade.
O indivíduo com sonambulismo manifesta ações motores complexas, como conversar e caminhar, podendo, em seguida, despertar ou voltar a dormir novamente. Na maioria dos casos, há nenhuma ou pouca recordação do acontecido.
Narcolepsia
A narcolepsia tem como principal sintoma a sonolência em excesso no decorrer do dia. Entre as principais alterações características desse distúrbio, podemos citar a cataplexia, as alucinações, a paralisia do sono, entre outras manifestações.
Ela, normalmente, começa a se manifestar entre os 10 e 20 anos de idade, afetando o desenvolvimento da personalidade e o desempenho escolar, além de elevar as chances de acidentes no trabalho e no trânsito.
A cataplexia se trata de uma manifestação frequente desse distúrbio do sono, que se caracteriza por episódios repentinos de perda de tônus muscular no período da manhã, muitas vezes gerado por alterações emocionais.
As alucinações acontecem quando o indivíduo se encontra no período entre dormir e acordar, manifestando-se sob o formato de experiências auditivas, visuais ou que englobam vários sentidos.
Por fim, a paralisia do sono se trata da perda de movimento que ocorre ao dormir ou ao acordar. Nesse caso, a pessoa está consciente, no entanto, perde de forma temporária a capacidade de se movimentar.
Apneia obstrutiva do sono
É um distúrbio caracterizado pela obstrução da via aérea no nível da garganta na hora do sono, ocasionando uma parada da respiração que dura em torno de 20 segundos. Depois dessa parada, o indivíduo acorda, emitindo um rouco muito alto. Pode acontecer diversas vezes durante a noite.
Com o passar do tempo, as pessoas que sofrem com essa condição podem desenvolver doenças nas artérias, geradas pelo acúmulo de colesterol nas paredes, bem como a incidência de infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral.
Além disso, esse tipo de apneia pode colaborar com o surgimento da síndrome metabólica — que é a ocorrência de distúrbios envolvendo o açúcar e a gordura no sangue —, a elevação da circunferência abdominal e a hipertensão arterial. Sendo assim, como citamos, quem sofre com esse problema tem mais propensão a ter infarto ou derrame cerebral.
Manifestações motoras noturnas
Essas manifestações apresentam como sinais e sintomas determinados tipos de movimentos que afetam a qualidade do sono, como os que ocorrem em decorrência do bruxismo e da síndrome das pernas inquietas. Esta leva a uma forte vontade de mexer as pernas durante o repouso, principalmente no final da noite, atrapalhando o descanso.
Parassonias
Trata-se de um distúrbio do sono que provoca experiências desagradáveis, eventos físicos e mudanças comportamentais quando o indivíduo está em diferentes momentos do sono, como no começo, durante ou ao acordar.
Normalmente, acontecem no decorrer da fase REM do sono, que é o estágio do sono profundo. Entre as ocorrências mais comuns estão o despertar confusional, o terror noturno e o sonambulismo.
O despertar confusional se trata de ações confusas ou de confusão mental ao acordar. Já no sonambulismo, citado anteriormente neste texto, a pessoa desperta durante o sono profundo e caminha enquanto fica com a consciência alterada no decorrer de um espaço de tempo.
Por fim, os terrores noturnos se manifestam sob a forma de choro, gritos e medo intenso. Nesse caso, a pessoa não costuma acordar durante os episódios, levando em conta que essa condição acontece na fase do sono profundo. Após, os indivíduos ficam confusos e não se lembram do acontecido.
As parassonias do sono REM também apresentam sintomas como comportamentos anormais, paralisia do sono e pesadelos frequentes. Os distúrbios que acontecem nessa fase podem interromper o sono e, consequentemente, o relaxamento muscular que ocorre nesse momento, tendo em vista que levam o indivíduo a se movimentar conforme os sonhos que tem.
Destaca-se que os pesadelos são os sonhos ruins, geralmente associados ao medo e à ansiedade, prejudicando a qualidade do sono e a realização das tarefas do dia a dia.
Distúrbios do ritmo circadiano
Esse é um problema provocado por mudanças no relógio biológico do corpo e que afeta a qualidade de vida e do sono. Ou seja, a pessoa apresenta um padrão de sono diferente do praticado pela sociedade em geral. Normalmente, ela dorme menos que as outras pessoas ou em horários diversos dos demais indivíduos. Nesse caso, o recomendando é investir em uma rotina do sono.
Enurese noturna
Conhecido como o ato da pessoa fazer xixi na cama, é visto como um distúrbio do sono quando acontece, pelo menos, duas vezes por semana em indivíduos que já têm idade suficiente para controlar a urina.
Isso pode ocorrer por motivos emocionais, fatores genéticos, anormalidades no trato urinário, entre outros fatores. Quando esse quadro se instala, é interessante procurar por um especialista, que vai indicar o melhor tratamento de acordo com a situação.
Ronco
O ronco é um dos principais sintomas do distúrbio do sono, tratando-se de um ruído originário da via aérea superior. Ele acontece pelo esforço muscular envolvido durante a respiração. Esse sintoma pode simplificar o diagnóstico precoce de algumas doenças, o que é muito importante, tendo em vista que as pessoas que apresentam esse sinal podem sofrer de problemas cardiovasculares, por exemplo, a hipertensão, o derrame e o infarto.
Síndrome da resistência das vias aéreas superiores
É um tipo de distúrbio do sono em que acontece um repetitivo ou contínuo aumento na resistência ao fluxo aéreo dentro das vias aéreas superiores, o que pode fazer com que a pessoa desperte várias vezes ou tenha sonolência diurna em excesso.
O que causa as alterações do sono?
Diversos podem ser os motivos que levam às alterações e aos distúrbios do sono. A seguir, veja quais são os principais!
Insônia
A insônia é uma das principais causas dos distúrbios do sono, mas também pode estar associada a outras doenças. Geralmente, trata-se do resultado de eventos traumáticos da vida, de estresse ou de hábitos que perturbam o descanso. Tratar o motivo implícito pode solucionar o problema e, assim, contribuir para que, aos poucos, a pessoa possa voltar a ter um sono normal.
Estresse
Preocupações em excesso, seja com a escola, o trabalho, as finanças, a saúde, a família e demais questões pessoais, podem manter a mente ativa no decorrer da noite, fazendo com que o indivíduo tenha pensamentos constantes, o que dificulta o sono. Fatos estressantes ou traumatizantes do cotidiano, como uma perda do emprego, um divórcio ou o falecimento de um ente querido, também podem ser a causa da insônia.
Má higiene do sono
Os maus hábitos do sono abrangem não ter um horário regular para dormir, ter uma alimentação ruim, fazer atividades estimulantes antes da hora de se deitar, utilizar a cama para ver televisão, trabalhar ou comer, ter um ambiente de sono desconfortável, entre outros.
É importante ressaltar que, além das práticas mencionadas acima, o uso de computadores, smartphones e demais dispositivos eletrônicos também pode afetar o ciclo e a qualidade do sono, podendo até mesmo levar a alguns distúrbios.
Algumas doenças
Enfermidades como diabetes, doença do refluxo gastroesofágico, doença cardíaca, hipertireoidismo, doença de Alzheimer, doença de Parkinson, entre outras, também podem ser aspectos causadores de distúrbios do sono.
Alimentação pesada à noite
Comer em excesso, pouco tempo antes de ir para a cama, pode gerar mal-estar no momento de dormir. Nesse caso, muitos indivíduos sentem refluxo de ácido e de alimentos que vão do estômago para o esôfago, azia e demais sintomas desagradáveis que podem mantê-los acordados.
Horário de trabalho ou viagem
Os ritmos habituais, que levam em conta as 24 horas do dia, funcionam como uma espécie de relógio interno, o que também direciona o nosso ciclo do sono, a temperatura corporal e o metabolismo.
Ao interromper esse ciclo, é possível aumentar os riscos da ocorrência de distúrbios do sono. Isso pode ser causado por vários motivos, por exemplo, o jet lag, devido a viagens feitas para locais com fusos horários diferentes, ou o trabalho em períodos noturnos.
Medicamentos
Diversos medicamentos também podem interferir na qualidade do sono, por exemplo, fármacos para asma, determinados antidepressivos ou remédios para a pressão arterial. Outra questão relevante é que alguns remédios de venda livre, que podem ser comprados sem receita, como analgésicos, antitérmicos, antialérgicos e demais, bem como produtos para a perda de peso, contam com cafeína em sua composição e demais estimulantes que podem gerar impactos negativos no sono.
Doenças mentais
Estresse pós-traumático, depressão e ansiedade também podem dificultar o relaxamento na hora de dormir. Acordar cedo demais também pode ser um sinal dessas doenças. Ainda, a insônia é um sintoma que pode estar associado a essas patologias.
Transtornos ligados ao sono
A apneia do sono faz com que a pessoa pare de respirar de forma periódica no decorrer da noite, interrompendo o sono. Já a síndrome das pernas inquietas provoca sensações incômodas nas pernas e uma vontade quase irresistível de movê-las, impossibilitando que o indivíduo adormeça, o que também afeta a qualidade do sono, como já explicamos.
Uso de nicotina, cafeína e álcool
O uso de chás, de café e de demais bebidas com cafeína e estimulantes é outra causa de alterações no sono. Consumir esse tipo de produto no final da tarde ou à noite pode atrapalhar o relaxamento do corpo e o descanso do cérebro.
A nicotina encontrada nos cigarros é outro estimulante que pode influenciar o sono, enquanto o álcool pode ajudar a adormecer, mas impede ciclos mais profundos do sono e, normalmente, provoca o aumento da quantidade de despertares durando o momento de descanso.
É possível tratar os problemas do sono?
Antes de falar sobre os tratamentos, saiba que é necessário buscar por um profissional especialista e que tenha a qualificação necessária para diagnosticar os distúrbios do sono, como o clínico geral ou o médico do sono.
Contudo, uma dica interessante é estar preparado para o atendimento, pois isso pode simplificar o diagnóstico e otimizar o tempo. Portanto, você já pode chegar à consulta com algumas informações relevantes, como:
- histórico médico, inserindo as condições observadas e os medicamentos e suplementos usados com regularidade;
- uma lista com todos os sinais e sintomas e desde quando eles começaram a aparecer.
Ademais, se possível, é importante que uma pessoa do convívio do paciente possa acompanhá-lo na consulta.
Além desses dados, o médico também poderá fazer algumas perguntas, por exemplo:
- se a pessoa apresenta sono durante o dia;
- se tem tido problemas para dormir;
- se está sentindo dificuldades para se concentrar;
- quais outros sintomas tem apresentado;
- se há problemas para permanecer dormindo.
O tratamento relacionado aos distúrbios do sono vai depender da condição que o paciente possui e das suas principais causas. Em algumas situações, os pacientes podem precisar fazer a utilização de medicamentos para tratar o problema e melhorar a qualidade do sono.
Em outros contextos, é necessário adaptar a sua rotina, evitando hábitos que possam influenciar o momento de dormir.
No entanto, apenas um médico pode informar qual é o tratamento mais indicados para cada caso, bem como a dosagem adequada dos medicamentos e a duração do tratamento. Além disso, é essencial sempre seguir à risca as orientações do médico e nunca se automedicar.
Também não é recomendado interromper a utilização do medicamento sem consultar o médico antes. Ainda, é importante respeitar as observações prescritas e as presentes na bula.
A seguir, veja os principais tratamentos indicados para melhorar os distúrbios do sono.
Medicamentos
Diversos fármacos permitem que o paciente consiga dormir melhor. Os profissionais da saúde, normalmente, optam por um tratamento que impeça que o indivíduo dependa de medicamentos para dormir por mais de algumas semanas, mas vários fármacos estão aprovados para o uso em longo prazo.
É importante ressaltar que os medicamentos para dormir podem apresentar efeitos adversos, como tonturas. Caso sinta alguma coisa, fale com o médico para entender melhor esses efeitos colaterais.
É válido ressaltar que alguns remédios, como os anti-histamínicos, podem deixar a pessoa sonolenta, mas não devem ser usados para esse fim. Converse com o médico antes de tomá-los, tendo em vista que eles também podem causar efeitos colaterais, como tontura, sonolência diurna, confusão mental, declínio cognitivo, entre outros.
Terapia cognitiva comportamental
Esse tipo de tratamento pode contribuir para um melhor controle dos pensamentos negativos e eliminar práticas que mantêm os indivíduos acordados. Geralmente, é indicada como a primeira linha de tratamento para quem sofre com os distúrbios do sono. A terapia é tão eficaz quanto os medicamentos para dormir, mas também pode ser usada como um tratamento adicional.
A parte cognitiva contribui para que o paciente consiga identificar e mudar as ações que afetam a capacidade de dormir. Também pode ajudar a excluir as sensações que mantêm as pessoas acordadas. Outro ponto a ser trabalhado é a eliminação do ciclo no qual o paciente se preocupa tanto em dormir que não consegue pegar no sono.
Hábitos de vida e remédio naturais
Os distúrbios do sono também podem ser tratados por meio da mudança no estilo de vida e pelo uso de fármacos naturais, que também devem ser prescritos por um médico. Além disso, veja alguns hábitos que podem ser implementados como forma de melhorar a qualidade do sono.
Fixe um horário para dormir
Nesse caso, é importante ter uma hora certa para dormir e dar atenção a isso todos os dias, incluindo os fins de semana.
Confira os medicamentos
Caso tome algum remédio regularmente, o ideal é consultar um médico para verificar se ele está prejudicando o sono. Além disso, averigue os rótulos dos produtos de venda livre para ter a certeza de que eles têm ou não cafeína e demais estimulantes em sua composição.
Fique ativo
A prática regular de exercícios físicos contribui para a promoção de boas noites de sono. Sendo assim, esteja disposto a fazer atividades físicas, mas evite aquelas que sejam estimulantes antes de dormir, já que isso também pode atrapalhar o período de sono.
Evite o uso de cafeína, nicotina e álcool
Essas substâncias podem apresentar efeito no decorrer de várias horas e, com isso, afetar e dificultar o sono.
Tenha um ambiente confortável para dormir
Primeiramente, use o quarto somente para dormir. Nada de trabalhar nele. Além disso, mantenha o ambiente silencioso, escuro e com uma temperatura agradável. Você também pode retirar todos os relógios do local, para não se preocupar com a hora.
Evite forçar o sono
Quanto mais você tenta dormir, maiores são as chances de ficar acordado. Nesse tipo de situação, é melhor sair da cama e ir para outro lugar até ficar sonolento. Ler um livro pode ajudar nesse processo. Quando começar a sentir sono, vá para a cama para dormir. Além disso, não vá para a cama cedo demais, a não ser que realmente esteja com sono.
Tenha cuidado ao se alimentar à noite
Limite ou evite as alimentações pesadas, pois elas podem dificultar o sono. Coma pouco, faça uma dieta leve e beba menos líquidos perto do horário de dormir, já que, em excesso, eles podem fazer com que você tenha que levantar com frequência para urinar durante a noite.
Evite dormir durante o dia
Dormir após o almoço pode tornar mais difícil o adormecer à noite. Caso seja necessário tirar um cochilo, tente limitá-lo, em média 30 minutos. Nunca durma várias horas seguidas durante o dia.
Encontre maneiras de relaxar
Busque colocar as preocupações de lado ao se deitar para dormir e adote hábitos de relaxamento. Por exemplo, uma massagem, um banho morno, ouvir uma música suave, fazer exercícios de respiração ou praticar meditação podem ajudá-lo a se preparar para o sono. Sendo assim, crie um ritual relaxante para a hora de dormir.
Conseguiu entender quais são os distúrbios do sono mais comuns e como enfrentá-los? Como vimos, são condições que podem causar muitos danos à saúde, por isso, devem ser tratadas. Então, caso você sinta alguns dos sintomas apresentados, o ideal é buscar ajuda médica para realizar o diagnóstico adequado e fazer o tratamento ideal.
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