Muitas pessoas se confundem quando o assunto é o que causa herpes labial. Afinal, o contato físico com outras pessoas não é a única razão para o surgimento da doença, você sabia? Inclusive, trata-se de uma das infecções mais comuns, depois das respiratórias.
Segundo a OMS, a estimativa é que 65% da população mundial acima dos 50 anos sofram com herpes labial. Contudo, a infecção ser comum não é motivo para o descaso com o tratamento do problema. Afinal, ele causa coceiras e vermelhidão no local, além de ser um desconforto estético para muitos.
Quer entender mais sobre o que causa herpes labial, quais seus sintomas e a relação da infecção com a imunidade? Continue a leitura e fique por dentro do assunto para tomar as medidas necessárias!
O que é herpes?
Herpes é uma infecção viral causada pelo HSV1 ou HSV2. Assim como boa parte de outras infecções por vírus, ela se aproveita de alguma brecha no sistema imunológico. Então, ocorre uma invasão no organismo de alguém e, se a imunidade estiver baixa, a infecção deve se manifestar.
A partir disso, podem surgir lesões em diferentes partes do corpo. As mais comuns são na boca e nos genitais. As lesões costumam ser no formato de bolhas, que são doloridas e avermelhadas, e podem ter conteúdo líquido. Ainda, o herpes pode causar bolhas no nariz, queixo, pescoço, língua, céu da boca etc.
O que muitas pessoas não sabem é que o vírus do herpes pode se alojar no corpo desde a infância. Assim, ele fica adormecido em alguma parte do organismo e pode desenvolver lesões pouco ou muito tempo depois.
O que causa o herpes labial?
Conforme mencionado, o herpes é causada pela infecção do vírus HSV1 ou HSV2 no organismo. O primeiro, normalmente, é responsável pelo herpes labial, enquanto o segundo tende a causar a genital. Apesar disso, todos podem desenvolver lesões em diferentes partes do corpo.
Esses vírus circulam pelas superfícies que tiveram contato com pessoas contaminadas (como objetos de uso pessoal) e por gotículas espalhadas no ar durante fala, beijo, espirros etc. Percebeu semelhança com outras doenças virais, como a Covid-19? O método de transmissão é parecido.
Apesar disso, o foco de transmissão do herpes é na mucosa infectada. Isso pode ocorrer mais facilmente na boca, na vagina, nos olhos, na garganta, na vulva, no ânus e em outras áreas. Contudo, a maioria dos contaminados não chegam a apresentar sintomas, mais uma semelhança com outras infecções virais.
Da mesma maneira, você pode ser infectado, desenvolver e controlar os sintomas por um tempo, até que alguns gatilhos retomam o herpes. Isso porque o vírus não tem cura depois que se aloja no organismo. Felizmente, existem tratamentos para minimizar os efeitos. Eles podem reaparecer em situações específicas, como:
- imunidade baixa;
- estresse excessivo;
- mudanças hormonais;
- superexposição à luz solar;
- fadiga;
- febre etc.
Ainda assim, saiba que boa parte das pessoas apresenta células de defesa contra o vírus do herpes. Nesse sentido, por mais que a infecção seja comum, muitos podem não apresentar os sintomas clínicos descritos.
Quais são os principais sintomas do herpes labial?
Especialmente, após passar pelos quadros citados, surgem sintomas do herpes labial mais comuns do que outros. Inicialmente, a área fica dolorida, sensível e vermelha. Depois, surgem bolhas semelhantes a espinhas, que logo se rompem, o que pode confundir as pessoas.
Contudo, após o rompimento das bolhas, ocorre a liberação de um líquido, recheado de vírus, e que formam uma ferida. Feito isso, a região deve secar e formar uma crosta para que a cicatrização se inicie. Essa costuma ser a fase de maior risco de transmissão, o que exige cuidados redobrados.
Quais são os estágios da infecção por herpes labial?
Após o contágio com o vírus do herpes, ele pode ficar incubado no organismo entre 2 a 26 dias. A partir disso, as lesões podem se desenvolver cerca de 4 ou 6 dias, embora muitas fiquem assintomáticas, conforme mencionado. Para entender mais, saiba que as fases da infecção por herpes labial são:
- Fase primária: caracterizada pelo surgimento bolhas vermelhas e doloridas e, algumas vezes, até febre;
- Fase de latência: as bolhas cicatrizaram e não existem mais sintomas, mas o vírus fica dormente no organismo, mais especificamente, na medula espinhal;
- Fase de recorrência: essa fase pode ou não ocorrer para reativar o vírus e, consequentemente, seus sintomas, conforme a ativação de gatilhos já mencionados.
Qual é a relação do herpes labial com a imunidade?
Como você reparou, a manifestação do herpes labial e a recorrência das lesões se relacionam com a imunidade baixa. Isso porque as células de defesa do organismo não foram capazes de rebater o agente invasor, que é o HVS1 ou o HVS2.
Tratamento ao fortalecer o sistema imunológico
É por esse motivo que o tratamento no combate o herpes envolve o fortalecimento do sistema imunológico. Isso pode ocorrer a partir do consumo de alimentos saudáveis, como tomate, mamão, beterraba, morango, iogurte natural etc.
Esses alimentos também são ricos em aminoácidos que estimulam a produção de anticorpos para o combate de infecções virais. Logo, mesmo que os sintomas surjam, a recuperação tende a ser mais rápida e o intervalo de recorrência prolongado.
Junto a isso, é importante evitar situações de estresse intenso e recorrentes. Afinal, elas contribuem para elevar o nível de cortisol, útil para deixar o corpo em alerta, mas em excesso, desequilibra o organismo. Assim, o sistema imunológico se desgasta ao tentar reverter esse quadro.
Essa propensão à manifestação do herpes tende a ser maior em quem faz parte do grupo de risco. É o caso de pessoas com imunodeficiência, como o HIV, ou em tratamentos como a quimioterapia, voltada para o ataque ao sistema imunológico.
Entendeu o que causa o herpes labial e a relação dessa infecção viral com a imunidade baixa? Por isso, é indispensável se cuidar e fortalecer o sistema imunológico para evitar esse e outros problemas de saúde. Muitos não manifestam os sintomas e não sofrem maiores complicações, mas o herpes labial causa incômodos que podem ser evitados.
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