Cada vez mais estudos surgem para comprovar os efeitos concretos da meditação na saúde.
Um novo estudo feito na Universidade Johns Hopkins, Estados Unidos, mostra como meditar durante 30 minutos todos os dias ajuda a aliviar sintomas da ansiedade, depressão e dores crônicas. E os efeitos no organismo da prática frequente ainda equivalem ao do uso de
As conclusões foram publicadas no Journal of the American Medical Association (JAMA). Os cientistas avaliaram o impacto de diferentes formas de meditação sobre uma série de doenças, como transtornos mentais, insônia, diabetes, câncer e fibromialgia, problema que causa dores musculares crônicas.
Segundo os resultados, a meditação de plena consciência, uma técnica budista que consiste em parar de pensar em si e se concentrar exclusivamente no presente, foi o tipo da prática mais associado a benefícios à saúde. A técnica melhorou especificamente os sintomas de ansiedade, depressão e dores crônicas, especialmente se praticada 30 minutos ao dia
Além disso, meditar é um ótimo aliado contra o estresse, já que uma pessoa em estado de meditação consome seis vezes menos oxigênio do que quando está dormindo. Mas os efeitos para o cérebro vão mais longe: pessoas que meditam todos os dias há mais de dez anos têm uma diminuição na produção de adrenalina e cortisol, hormônios associados a distúrbios como ansiedade, déficit de atenção e hiperatividade e estresse. E experimentam um aumento na produção de endorfinas, ligadas à sensação de felicidade.
A mudança na produção de hormônios foi observada por pesquisadores do Davis Center for Mind and Brain da Universidade da Califórnia. Eles analisaram o nível de adrenalina, cortisol e endorfinas antes e depois de um grupo de voluntários meditar. E comprovaram que, quanto mais profundo o estado de relaxamento, menor a produção de hormônios do estresse.