A Covid-19 é uma doença séria, que pode trazer sequelas como trombose, problemas de visão, de memória e até danos a órgãos – como nos rins.
Segundo um estudo publicado por pesquisadores das universidades de Oxford e Sheffield, no Reino Unido, o Coronavírus pode provocar sequelas no pulmão por mais de três meses após a infecção. Além disso, um levantamento mostrou que, dos pacientes contaminados no mundo, 16% apresentam algum tipo de complicação cardíaca, mesmo nos casos mais leves da doença.
Como essas sequelas não podem ser vistas em exames de imagem convencionais, o cuidado deve ser redobrado. A Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE) e a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) emitiram um posicionamento com orientações para o retorno à prática de exercícios físicos e esportes. O documento alerta para a possibilidade de comprometimento cardíaco como sequela da Covid-19 e aconselha uma investigação clínica antes do retorno à prática esportiva.
Nessa fase de recuperação, os exercícios aeróbicos são fundamentais mas devem ser planejados de maneira individual. É importante, também, dar ênfase à recuperação de massa musculoesquelética com trabalho específico e suporte nutricional. O retorno demanda um acompanhamento multidisciplinar, em especial os pacientes que tiveram sintomas moderados a graves e precisaram ficar internados, já que os dias dentro de um hospital podem reduzir significativamente a massa muscular e a força. Sem o devido acompanhamento e caso o exercício seja realizado de maneira desproporcionada ou não planejada, há risco de lesão orgânica sistêmica (cardíaca ou muscular, por exemplo) e até risco de eventual episódio de insuficiência respiratória aguda, caracterizada pela falta de ar intensa acompanhada de queda da oxigenação do corpo.
Os exercícios bem orientados são capazes, também, de aumentar as chances de recuperação em caso de infecção. E para você que não teve o resultado do exame positivo, o melhor é continuar com o programa de atividades físicas e manter seu condicionamento. Movimentar-se não é garantia de não ter um quadro grave da doença, mas pode prevenir diversos outros problemas que vão agir como fator agravante.
Créditos: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/bem-estar/a-retomada-das-atividades-fisicas-apos-o-covid-19,da4b09724e6fdf19c8bf1ed14dab72f2i9hmuhjl.html