Você sente desamparo e vazio só de imaginar os seus filhos saindo de casa para construir uma nova vida e buscar independência? A situação é comum entre os pais, por mais que eles também se sintam felizes e orgulhosos pelos filhos.
Por isso, os psicólogos atribuem a esse sentimento o nome de síndrome do ninho vazio. Nesses casos, pais ou mães podem passar por um período depressivo. No entanto, nem todos vivenciam esse quadro. Ele ocorre com mais frequência quando existe uma superproteção na criação dos filhos ou quando a função dos pais é principalmente a criação deles, por exemplo.
Apesar de comum, a síndrome do ninho vazio não é tão comentada. Por isso, preparamos este post para você entender mais sobre o assunto e aprender a lidar com ele. Acompanhe!
O que é a síndrome do ninho vazio?
Como foi possível notar, a síndrome do ninho vazio consiste na fase de intenso sofrimento dos pais ao lidar com a saída dos filhos de casa. Afinal, essa transição exige uma readaptação dos progenitores a uma realidade em que as tarefas cotidianas não serão mais as mesmas.
É comum que os pais passem a infância, adolescência e começo da vida adulta com os filhos que ao atingir 18 anos de idade, muitos deles decidem sair de casa e de alguma maneira ter uma vida mais autônoma. Por mais que essa possibilidade sempre exista, pode ser difícil para muitos se adaptarem.
Afinal, as mudanças tendem a ser desafiantes para qualquer pessoa de modo geral. Entretanto, algumas são atingidas com a síndrome do ninho vazio com mais intensidade. Isso costuma variar de acordo com o contexto sociocultural em que cada um se insere. Além disso, esse problema pode ser agravado por outros motivos.
É o caso da menopausa, que afeta mulheres entre os 45 e 55 anos. Isso porque durante esse período ocorre a diminuição da produção hormonal. Como consequência, as mulheres podem passar por depressão, ansiedade, falta de confiança, autoestima baixa etc.
Ainda, considere que o motivo para a separação também influencia na intensidade do desamparo e vazio. Por exemplo, brigas podem tornar tudo mais dramático e prolongar a dor.
Como lidar com a síndrome do ninho vazio?
Diante desse contexto, é fundamental que os pais saibam preencher sua rotina com novas atividades para atenuar os efeitos. Por isso, listamos algumas dicas do que pode ser feito. Confira!
Busque novos interesses
Conforme mencionado, a dor do ninho vazio costuma ser mais intensa para pais que tiveram como principal atribuição o cuidado com os filhos. Logo, é importante aproveitar esse momento para preencher a sua rotina com novos interesses e que ajudem na sensação de utilidade e prazer.
Isso pode ocorrer ao estudar novos assuntos e investir na vida profissional, que pode até ter sido deixada de lado para uma maior dedicação aos filhos. Esse tipo de escolha ajuda a enxergar essa nova fase com um olhar mais otimista.
Além disso, existem inúmeros outros aspectos em que é possível investir, como atividades físicas, hobbies etc. O mais recomendado é contar com outras pessoas para encarar essa jornada, como amigos, parceiro amoroso, familiares etc.
Reaqueça o seu relacionamento
É natural que um relacionamento amoroso se transforme com a chegada de um filho. Alguns mudam para melhor, já que ampliar a família pode ser o sonho de muitos. Porém, existem casais que passam a brigar mais. Isso por causa de conflitos na criação ou simplesmente pelo estresse gerado com as responsabilidades da paternidade e maternidade.
Seja como for, é uma opção aproveitar a nova fase da vida para reaquecer o relacionamento. Afinal, existem muitos programas a dois que possivelmente não poderiam ser feitos antes. Então, é válido programar viagens juntos, sair aos fins de semana para jantar, ir ao teatro ou ao cinema etc.
O mais importante é redescobrir os novos interesses que os dois podem ter e programar atividades em conjunto. Isso possibilita que os pais sintam prazer na companhia um do outro e enxerguem a independência do filho como um momento necessário e benéfico.
Conte com o apoio do seu cônjuge
É possível que a mãe sofra mais que o pai com a síndrome do ninho vazio. Isso porque, como dito, a intensidade do sofrimento varia de acordo com o contexto e a personalidade de cada um. Então, para passar por essa fase de forma mais saudável, é recomendado compartilhar a dor com o cônjuge.
Isso contribui para que ele entenda o seu momento, saiba respeitá-lo sem julgamentos e ofereça suporte emocional. Esse suporte pode ser representado de diferentes formas, como ao propor saídas e atividades prazerosas que distraiam a mente.
Ainda, pode ser simplesmente a diminuição de cobranças, por entender o momento que você passa atualmente. Isto é, cada pessoa tem o seu jeito de demonstrar apoio e empatia, o importante é estar aberto a isso.
Procure ajuda profissional
Não espere e nem ache que a procura por ajuda profissional deve ocorrer apenas em situações graves. O contato com um terapeuta, por exemplo, contribui para o melhor gerenciamento das suas emoções e o autoconhecimento.
Além disso, esse processo também pode ser benéfico para melhorar o seu relacionamento com o cônjuge, os filhos e demais pessoas. Afinal, você já cogitou que a intensidade do seu sofrimento pode ser fruto de uma dependência emocional? A terapia pode ser útil para ajudar nesse processo e na busca de posturas mais saudáveis.
Quais são as consequências da síndrome do ninho vazio?
Conforme mencionado, a síndrome do ninho vazio costuma ser comum. Entretanto, as consequências trazidas por ela não podem ser normalizadas. Então, tenha cuidado com a sensação de tristeza, desânimo, insônia e até depressão.
Portanto, os sentimentos de desamparo e vazio decorrentes dessa síndrome devem ser levados a sério. Além de entender a existência dela, é recomendado procurar atenuar seus efeitos para lidar com isso de modo mais saudável. Se necessário, lembre-se de que procurar ajuda profissional é sempre válido.
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