Organismos com imunidade alta têm maior potencial de defesa contra invasores, como fungos, vírus e bactérias. Mas você sabe como funciona o sistema imunológico? Ele é o responsável para que você não adoeça facilmente a cada contato com os milhões de microrganismos espalhados.
Afinal, já pensou na quantidade de micróbios com que você entra em contato? Eles estão distribuídos no ar, na superfície, em gotículas humanas etc. Cada um pode causar problemas leves, moderados ou graves. No entanto, muitas vezes, o indivíduo passa ileso por tudo isso.
Também é graças ao sistema imunológico que pequenos cortes sofridos cicatrizam com o tempo, sem maiores problemas. Isto é, o ser humano lida com diversas adversidades cotidianas que podem causar problemas de saúde. Contudo, pessoas saudáveis conseguem driblá-los na maior parte das vezes.
É como se você vivesse diariamente em um campo minado, mas o sistema imunológico servisse como um escudo de defesa. Todavia, o assunto ainda gera muitas dúvidas. Quer entender como funciona o sistema imunológico, sua importância, como melhorar a imunidade e muito mais? Continue a leitura!
O que é o sistema imunológico?
O sistema imunológico é voltado para proteger o organismo contra agentes invasores e mantê-lo em equilíbrio. Por exemplo, em uma guerra, devem existir barreiras, soldados e plano de ação para proteger um país contra invasão. O sistema imune age de forma similar, e para isso, ele conta com células de defesa, memória imunológica e muito mais.
Cada um dos elementos tem funções específicas para proteger o nosso corpo e evitar invasões. Lembre-se de que o organismo fica diante delas constantemente. Assim, lágrimas, saliva, pele, mucosa e muitos outros mecanismos funcionam como barreiras físicas. É como se eles fossem parte do nosso aparato de guerra.
Ainda assim, o alto nível de exposição e a evolução dos invasores elevam as chances de eles ultrapassarem as barreiras. Quando isso ocorre, é o momento de o sistema imunológico entrar em ação para neutralizar o inimigo.
O time é formado por células de defesa, glóbulos brancos, baço, timo, amígdalas, gânglios linfáticos e outros. É como se cada um deles fosse treinado para executar suas funções adequadamente e agir de forma específica, conforme o invasor.
Células de defesa
As células de defesa que iniciam o combate são os macrófagos. Elas devem capturar elementos estranhos no organismo e avisar aos demais elementos do sistema imunológico para se manterem em alerta. É como se os macrófagos fossem os rádios transmissores utilizados por soldados em guerra.
O trabalho seguinte fica a cargo dos linfócitos T e B. Os linfócitos T devem identificar quem é o invasor e avisar ao linfócito B, responsável por produzir anticorpos adaptados ao perfil do elemento estranho. É como se os anticorpos fossem armas específicas para destruir agentes infecciosos.
Para que isso funcione adequadamente, também existem células de defesa. Elas têm a função de memorizar ‘’o rosto’’ do invasor e o mecanismo útil para destruí-lo. Assim, caso o ataque se repita, a resposta imune será rápida e eficiente.
Amígdalas
Entre o final da boca, o início do nariz e a garganta, existem as amígdalas. Elas funcionam como uma espécie de soldado que protege a região contra agentes infecciosos, como bactérias. A sua atuação é possível ao reconhecer e atacar os invasores.
Baço
O sangue também tem uma espécie de soldado para garantir sua integridade. Trata-se do baço, que mede cerca de 13 centímetros e deve filtrar partículas estranhas da corrente sanguínea, tal qual uma esponja. Junto a isso, ele atua na produção de anticorpos e na reserva de sangue, caso ocorra hemorragia interna.
Timo
Se as amígdalas e o baço atuam como espécies de soldados, o timo é um dos mais importantes, como se fosse o capitão. Isso porque ele fica entre os pulmões e na frente do coração. A localização privilegiada permite que ele estimule a maturação de linfócitos e os instrua no reconhecimento de invasores.
Gânglios linfáticos
Os gânglios linfáticos, também chamados linfonodos, se encontram em diferentes áreas, como virilha, axila e pescoço. A função deles é realizar uma ‘’faxina’’ para remover intrusos do organismo, como vírus e bactérias. Por isso, existem centenas deles em todo corpo.
Qual é a importância do sistema imunológico?
Depois de entender o que é o sistema imunológico e quais elementos fazem parte dele, é natural se perguntar a importância dessa defesa. Assim, saiba que, conforme mencionado, o nosso corpo fica suscetível a invasões constantemente.
Proteção contra invasões
Para entender melhor, imagine que o organismo humano é um país com localização privilegiada e cheia de riquezas. Então, existem diversos invasores dispostos a usufruir desses elementos. Ao fazer isso, outros sistemas podem ficar comprometidos, como o respiratório e o digestivo.
Os sintomas variam conforme a ação do agente e a área afetada, mas podem ser refletidos em fadiga, dores no corpo, perda óssea, complicações intestinais, náuseas, confusão mental e muito mais. Em casos mais sérios, você pode precisar de hospitalização e, se continuar enfraquecido, ir a óbito.
Prevenção contra doenças oportunistas
Pareceu exagero? Tente contar quantas vezes por dia você encosta em superfícies compartilhadas. É o caso da maçaneta, interruptor de luz, áreas de transporte público, botão de elevador etc. Ainda, imagine a quantidade de gotículas expelidas em cada diálogo, tosse, espirro ou risada emitida por quem passou por você.
Tudo isso libera milhões de microrganismos, como vírus da gripe, bactérias e outros que causam diarreia, micose de unha e muito mais. Diante de tantos possíveis invasores, sem o sistema imunológico, o seu organismo tem facilidade extrema de contrair doenças mais ou menos graves.
Por esse motivo, antes de existir tratamento adequado para a Aids, o vírus causou inúmeras mortes nos portadores. Afinal, a doença ataca o sistema imunológico e o corpo fica enfraquecido e mais exposto para qualquer doença que venha a afetá-lo.
Como funciona o sistema imunológico?
Você já entendeu a importância do sistema imunológico para o equilíbrio do corpo. A partir de então, saiba mais sobre como funciona isso. Para começar, podemos dizer que o sistema imunológico funciona ao perceber ameaças. Então, o início da batalha ocorre na reação e tentativa de neutralizar invasores.
Para isso, os linfócitos precisam se multiplicar e aumentar de tamanho. É por essa razão que algumas partes do corpo podem inflamar esporadicamente. Isso é necessário para que células de defesa despertem e iniciem o processo de reparação. Por exemplo, infecções na garganta, ouvido ou sinusite podem causar inchaço, dor e em estado febril a região do pescoço, gerando a chamada íngua.
Se o agente infeccioso for novato, o corpo pode levar de duas a quatro semanas para criar um mecanismo de defesa. Mas após esse processo, a inflamação deve melhorar.
Ação da resposta imune
Após o sistema imunológico realizar os procedimentos citados, os inimigos e seus métodos de ataque se tornam conhecidos. Logo, se eles tentarem invadir nosso organismo novamente, as células de defesa neutralizam a invasão rapidamente. Para entender melhor, conheça as subdivisões da resposta imune.
Imunidade inata
Tratam-se das defesas naturais dos indivíduos, adquiridas desde o nascimento e formação. Assim, elas funcionam como barreiras contra invasores e potencializam a ação da resposta imune adaptativa. É o caso de lágrimas, cílios, plaquetas, suor, muco, saliva, suco gástrico e membranas.
Imunidade adaptativa
A imunidade adaptativa também pode ser chamada de imunidade adquirida. Como o próprio nome sugere, ela defende o organismo depois de ter adquirido contato com o invasor. Isto é, o corpo passa a identificá-lo pela memória celular e, caso retome o ataque, o indivíduo já possui imunidade.
Vacinas
Muitas vezes, a imunidade adaptativa ocorre pela ação da vacina. Isso porque ela tem antígenos, que são substâncias de um agente patogênico. Então, quando uma pessoa é vacinada, as células de defesa são estimuladas para proteção, que cria memória imunológica.
Logo, caso o agente patogênico volte a atacar o corpo, dessa vez, naturalmente, o sistema imunológico está mais preparado. Dessa maneira, invasores, como o coronavírus, gripe, febre amarela e outros podem ser combatidos antes mesmo de se instalar no organismo.
Soro
Outro exemplo de imunidade adaptativa induzida artificialmente é o soro. Ele é composto pelos anticorpos necessários no combate a determinado antígeno que já tenha atacado o corpo. Assim, o sistema imunológico é ativado, o que pode ajudar na cura rapidamente.
É o que acontece quando você é picado por uma cobra venenosa. O seu corpo é invadido pelo veneno, o antígeno. Isso exige uma resposta urgente do sistema imune. Nesse sentido, o soro antiofídico pode ser aplicado para que os anticorpos combatam o problema.
O que melhora a imunidade?
Depois de conhecer como funciona o sistema imunológico, é importante entender como melhorá-lo. Afinal, você já parou para pensar que as células podem ter problemas para memorizar os antígenos? Ainda, que alguns dos órgãos envolvidos no processo podem ser danificados?
Naturalmente, isso compromete a imunidade. Por isso, acompanhe, a seguir, algumas dicas para melhorá-la!
Tenha uma alimentação adequada
Existem alguns alimentos que potencializam o sistema imune e outros, que atrapalham na sua ação. Além disso, saiba que a maior parte das células de defesa estão presentes no intestino. Então, é fundamental ter uma alimentação adequada, descobrir qual o melhor método de preparar alimentos e como combiná-los para elevar a absorção de nutrientes.
Para começar, saiba que é importante variar os alimentos para que o organismo absorva o máximo de nutrientes. Por exemplo, consumir todos os dias a mesma fruta não é tão eficiente quanto combiná-la com outras. Isto é, se o seu consumo focar sempre laranja, o corpo só absorverá a vitamina C e outras propriedades que estão na laranja.
A mesma lógica é válida para o consumo diário e isolado de feijão. Se você combiná-lo com arroz, a absorção de nutrientes é maior. Afinal, o ferro precisa desse complemento, que também pode ser de alimentos com vitamina A ou C.
Diante disso, é importante aprender mais sobre os alimentos saudáveis e que ajudam a aumentar a imunidade. Junto a isso, entenda a biodisponibilidade dos nutrientes para saber como potencializá-la. Acompanhe alguns exemplos:
- ferro e vitamina C: feijão, carne vermelha, gema de ovo, fígado, beterraba com laranja, limão, tomate, goiaba etc.;
- vitamina D e cálcio: ovo, leite, queijo, sardinha, salmão com soja, chia, aveia, amendoim etc.;
- vitaminas lipossolúveis e gorduras: fígado, nata, queijo, gema do ovo, leite integral com linhaça, chia, azeite de oliva, castanhas, nozes etc.
Da mesma maneira, é importante moderar o consumo de alimentos que sobrecarregam os órgãos e diminuem a imunidade. É o caso especial dos ultraprocessados, que são ricos em sódio, gordura e açúcar.
Priorize um sono de qualidade
Muitas pessoas negligenciam o sono para se dedicar mais ao trabalho, lazer ou qualquer outra atividade. Porém, isso atrapalha o sistema imunológico e favorece o aparecimento de doenças. Afinal, com a privação do sono, o corpo não repõe as energias perdidas e não consegue passar pelos processos necessários.
Um deles ocorre na fase 4 do sono, quando o mesmo está no estado mais profundo. Nesse momento, o organismo passa a produzir o hormônio de crescimento GH. Além da multiplicação e renovação celular, o GH também estimula o sistema imunológico e ajuda na eficácia da resposta imune. Isto é, ele facilita a proliferação, diferenciação e função das células de defesa.
Então, é preciso investir em técnicas que possam melhorar a qualidade do sono. Uma delas também envolve a adoção de uma alimentação equilibrada. Por exemplo, à noite, o ideal é que você priorize refeições leves e faça isso pelo menos duas horas antes de dormir. Isso porque o intestino passa a funcionar mais lentamente nesse horário, e se for sobrecarregado, deve atrapalhar o sono.
Além disso, outra técnica para ajudar a dormir é tomar banho quente cerca de 90 minutos antes de se deitar. A temperatura contribui para o relaxamento dos músculos e a liberação de hormônios do bem-estar que facilitam o adormecer. Contudo, leva em torno de 90 minutos para o corpo esfriar e ficar mais propício a dormir.
Outra recomendação é organizar a rotina para que o sono dure de seis a oito horas, conforme suas necessidades. Ou seja, certifique-se de planejar o horário de trabalho, lazer, alimentação e demais atividades para se encaixar nessa necessidade. Caso contrário, os efeitos são percebidos a curto prazo, com mais fadiga e improdutividade. A longo prazo, possivelmente, com imunidade baixa.
Controle os problemas emocionais
Lidar constantemente com problemas emocionais, como estresse e ansiedade, também são gatilhos que prejudicam a imunidade. A justificativa é que quando o corpo passa por situações assim, libera hormônios como cortisol, adrenalina e noradrenalina. Eles são fundamentais para manter o indivíduo em alerta e capaz de reagir bem às adversidades.
Contudo, se essas substâncias forem liberadas com muita frequência, ocorre um desequilíbrio no organismo. Afinal, para que o corpo fique em alerta, os batimentos cardíacos e o ritmo respiratório se intensificam, a pupila se dilata etc. A longo prazo, isso eleva os riscos para doenças cardiovasculares e cerebrais, como a hipertensão. Então, a imunidade fica fragilizada.
Junto desse problema, a liberação constante dos hormônios citados interfere no funcionamento de alguns glóbulos brancos. Eles atuam na defesa do sistema imunológico contra invasores. Logo, lidar com problemas emocionais de forma intensa e crônica favorece o aparecimento de infecções.
Indiretamente, o descontrole de problemas emocionais também afeta o sistema imunológico. A razão é que muitas pessoas perdem o apetite, privam-se de dormir e de tomar os demais cuidados nessas situações. Dessa forma, a imunidade é prejudicada de um jeito ou de outro.
Diante disso, é importante pensar em métodos para controlar os problemas emocionais. É o caso de técnicas de respiração e a prática de meditação. Já experimentou? Também é válido ter momentos de lazer todo o dia, por menores que sejam. Por exemplo, ler antes de dormir, conversar com quem gosta, caminhar pelo parque etc.
Hidrate-se regularmente
A hidratação é outro fator que ajuda no funcionamento do sistema imunológico. Isso porque a ingestão de água contribui para eliminar toxinas do organismo, como as adquiridas em alimentos ultraprocessados ou contaminados. Então, os órgãos responsáveis pelas defesa do corpo podem se sobrecarregar para lidar com esse problema e manter o organismo sadio.
Se você sofre de diabetes ou insuficiência renal e respiratória, por exemplo, esse cuidado é ainda mais importante. Afinal, pode existir uma maior produção de toxinas e dificuldade na eliminação pela urina ou respiração. Em casos assim, o PH do sangue pode se tornar ácido e desequilibrar as funções do corpo.
Portanto, certifique-se de ingerir pelo menos dois litros de água diariamente. A quantidade ideal varia conforme as necessidades de cada pessoa. Isso muda pela idade, peso, clima e temperatura. Ainda, tenha em mente que em dias de prática de exercício físico, a hidratação deve ser elevada. Desse modo, é possível compensar a perda natural de líquidos.
O que atrapalha a imunidade?
Da mesma maneira que existem hábitos que melhoram a imunidade, como os vistos acima, outros podem prejudicar o sistema imunológico. Confira os principais deles para saber o que deve ser evitado ou controlado!
Consumo de álcool e cigarro
É possível que você beba ou fume esporadicamente, em momentos de lazer, para controlar problemas emocionais. Correto? Porém, esse hábito pode ser um risco e o perigo surge principalmente quando essa prática se intensifica e fica frequente. A explicação é que o álcool é interpretado no organismo como uma toxina. Em excesso e com frequência, isso faz com que o fígado se sobrecarregue ao tentar eliminá-lo.
Além disso, o álcool pode causar inflamações no intestino, o que explica o incômodo que muitos podem sofrer na ressaca. Essa é a região que mais abriga células de defesa. Logo, a ação do sistema imunológico é comprometida e o indivíduo fica mais suscetível a problemas de saúde.
Uso inadequado de medicamentos
A automedicação é uma prática comum na cultura brasileira e, muitas vezes, tida como inocente. Apesar disso, ela oferece diversos riscos, principalmente, se for continuada. Por exemplo, muitos medicamentos enfraquecem as defesas do sistema imunológico, como corticoides e imunossupressores.
O uso inadequado de medicamentos também pode prejudicar a saúde do corpo por elevar a acidez no sangue. Você já entendeu que em situações assim, os órgãos tendem a ficar sobrecarregados ao tentar neutralizar o sangue. Consequentemente, a resposta das células de defesa também deve ser menor.
Falta de higiene
Ao longo da leitura, você reparou que o indivíduo é exposto a diversos microrganismos frequentemente. Diante disso, os riscos de invasão por patógenos são elevados, o que exige eficiência do sistema imunológico. Entretanto, quanto maior a exposição, maiores devem ser as estratégias de defesa do corpo.
A questão é que, por mais fortalecidos que os órgãos de defesa estejam, eles podem não ter capacidade suficiente para reagir contra tantos invasores. Assim, faça a sua parte e garanta a higienização, principalmente, das mãos, que têm um maior contato com diferentes superfícies.
Obesidade
A obesidade é uma das doenças que mais afetam o sistema imunológico. Um dos motivos para esse quadro é que o aumento nas células de gordura desequilibra as células de defesa. Então, o indivíduo tende a lidar com inflamações de forma crônica e generalizada.
Para piorar, a obesidade também eleva o risco para o aparecimento de doenças cerebrais e cardiovasculares. Assim, o organismo fica ainda mais fragilizado. Por essa razão pacientes obesos podem ficar mais suscetíveis a passar por quadros de maior gravidade.
Diabetes
Pessoas que sofrem com diabetes também podem ter a imunidade afetada. Isso porque a doença eleva os níveis de açúcar no sangue, o que pode desequilibrar o organismo e afetar as células de defesa. Junto a isso, a diabetes também costuma ser associada ao sobrepeso. Como visto, esse é outro gatilho para um sistema imunológico deficiente, devido à inflamação ocasionada.
Você conseguiu entender como funciona o sistema imunológico? Fortalecê-lo é o melhor caminho para que o seu organismo se defenda contra os milhões de invasores que circulam por diferentes locais. Caso contrário, é mais fácil que você adoeça e não tenha defesas suficientes para driblar as adversidades surgidas. Nesse sentido, não deixe de fazer um acompanhamento médico para saber como está a sua saúde.
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