Inúmeros estudos mostram a associação entre as alterações psicoemocionais, como ansiedade, depressão e estresse e o comportamento alimentar das pessoas – desde crianças até idosos. Na alimentação, os reflexos são observados em três situações, que são:
- A velocidade de mastigação, que influencia no quanto comemos
Pessoas estressadas tendem a mastigar menos os alimentos, fazendo com que, para atingir o mesmo nível de saciedade de uma pessoa que mastigue mais, consumam mais alimentos. Com isso, o consumo energético se eleva, assim como os riscos de engasgos, obesidade e diabetes e todas as comorbidades associadas a tais doenças.
- O estresse e o que comemos
Pesquisas mostram que pacientes que sofreram infarto agudo do miocárdio apresentaram consumo diário elevado de colesterol (92% dos pacientes) e proteínas (68% dos pacientes) e apenas 42% consumiram níveis adequados de fibras, tendo relação direta ao estresse. Isso mostra os efeitos do estresse sobre o que comemos e sua correlação com certas doenças.
- O fator ambiente na alimentação
Fazer refeições em locais com distrações, como em frente à televisão ou locais muito movimentados, desviam o foco da alimentação, distorcem a noção de saciedade e consequentemente aumenta a quantidade de comida que ingerimos. Dessa forma, sempre que possível, prefira locais mais calmos para uma alimentação mais equilibrada e com uma melhor percepção de saciedade.
Por outro lado, a alimentação também pode ser uma grande aliada no combate ao estresse. Listamos abaixo alguns alimentos que tem esse poder:
- Chocolate amargo – Rico em serotonina, considerado hormônio da felicidade
- Aveia – Rica em triptofano, que junto com a vitamina B3 —a niacina — ajudam o corpo a produzir a serotonina, e melatonina que promove o bom funcionamento do organismo e atua como antioxidante
- Gergelim – Rico em vitamina B6, ajuda na conversão de triptofano em serotonina
- Linhaça – Rica em ômega 3, auxilia na regulação dos neurotransmissores que controlam o humor, sono, apetite e até ritmo cardíaco
- Folha de maracujá – Rica em alcaloides e flavonóides, compostos bioativos com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias
- Banana – Rica em minerais que auxiliam no relaxamento muscular
- Castanha do Pará – Rica em selênio, que possui propriedades antioxidantes, diminuindo os radicais livres liberados pelo estresse
Por isso, é sempre importante não só analisar o que colocamos no prato, mas também como estamos comendo para amenizar um pouco os efeitos do estresse em nosso corpo e ter uma vida mais saudável.