Muitas vezes as dores nas juntas que levam à buscar o aconselhamento médico persiste além do que esperávamos, perturbando nosso dia-a-dia e reduzindo nossa qualidade de vida.
Nesses momentos surge o questionamento quanto à prática de reabilitação que nos foi prescrita. Será que o que foi recomendado realmente está sendo eficaz? Ou ainda, será que estamos seguindo as recomendações de forma adequada? Quais os principais mitos sobre a solução para estas dores?
1. Exercícios de reabilitação: muitas vezes, são passadas atividades que buscam estabilizar posições instáveis do nosso corpo. Algumas vezes, é preciso dominar as posições e movimentos estáveis muito antes de partir para qualquer instabilidade. A percepção da velocidade com que se avança cada etapa na recuperação é essencial.
2. Exercícios genéricos: casos específicos devem ser abordados de forma específica. O fortalecimento da musculatura de forma geral é frequente indicado para a reabilitação de articulações. Porém, deve-se atentar e focar nos exercícios que atuam na musculatura da região afetada, ao invés de praticar exercícios multi-articulares. É preciso identificar a debilidade e desenvolver a musculatura fragilizada.
3. Atuar em músculos “encurtados” ou “alongados”: treinadores ou terapeutas responsabilizam muitas fezes as dores em uma devida região à músculos “ruins” e músculos “bons”. É uma solução genérica que deve ser evitada. Cada corpo ou lesão é diferente, e deve ser tratado de forma específica.
4. Massagem na região afetada: também conhecida como auto-liberação miofacial (relaxamento ou libertação da musculatura). Ela é indicada com frequência (algumas vezes com o uso de rolos ou equipamentos similares) nas regiões doloridas. Atividades como essa, quando causam dores, devem ser evitadas a todo custo. Infligir mais lesões, mesmo que pequenas, nas regiões afetadas não auxiliam na recuperação da articulação ou musculatura já lesionada.
5. Alongamentos passivos: os alongamentos são as soluções mais sugeridas para toda e qualquer dor nas articulações. Porém, há pouca evidência de que essa seja uma prática eficiente. O que é provado é que, ao se alongar, se desenvolve a tolerância às dores já existentes nas articulações, e não que exista qualquer recuperação das lesões existentes nessas regiões.