O joelho é uma das mais importantes articulações do corpo, e também uma das mais delicadas e suscetível aos problemas.Seja praticante de esportes, amador ou profissional, ou mesmo um sedentário, o joelho é uma das mais importantes articulações do corpo, e também uma das mais delicadas e suscetível aos problemas. Por isso, para evitar sobrecarga e possíveis lesões, é essencial fortalecer toda a musculatura que o sustenta.
Conheça as 5 principais e mais comuns lesões:
– Lesão no ligamento cruzado anterior: são originadas por um trauma e estão associadas a uma lesão de cartilagem, meniscos e/ou a outros ligamentos. São classificadas em graus conforme a gravidade, sendo que o GRAU I é levemente danificado, com a articulação estável; Grau II- ligamento parcialmente estirado, com pouca instabilidade articular; e GRAU III- ruptura completa e instabilidade articular. Os sintomas são edemas e bloqueios articulares, aumento da sensibilidade da articulação e desconforto na locomoção. O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico. No conservador, a fisioterapia tem como objetivo o retorno da musculatura e a estabilidade articular. No tratamento cirúrgico, a técnica usada é artroscopia, na qual há a substituição do ligamento rompido por um enxerto e a recuperação pode durar de 06 a 08 meses.
– Lesões Meniscais: O menisco é uma estrutura fibrocartilaginosa em formato de meia lua, localizada no interior do joelho que tem a função a absorção do impacto da articulação. As lesões podem ser por desgastes ou traumáticas. Os sinais e sintomas são dores, bloqueio articular e edema. Nos tratamentos conservadores das lesões por desgaste utilizamos medicação e fisioterapia, com medidas anti-inflamatórias e posteriormente com fortalecimento e treino de equilíbrio, já no tratamento cirúrgico, inicia-se com analgesia na região para evitar o edema e progressivamente o fortalecimento da musculatura da perna com o equilíbrio e o gesto esportivo para o retorno ao esporte.
– Tendinite patelar: tendão patelar localiza-se abaixo da patela e faz a ligação entre ela e a tíbia. Dor localizada na frente do joelho, pode ser classificada em quatro fases: Fase I – dor apenas após a atividade física; Fase II – dor durante e após a atividade física, sem alterar o desempenho; Fase III – dor prolongada durante e após a realização da atividade física, com queda no desempenho e Fase IV- ruptura do tendão, necessitando intervenção cirúrgica. Os sinais e sintomas são sensibilidade local, edema, dor ao saltar, dobrar e esticar o joelho e descer escadas. As principais causas são o overuse, falta de alongamento, desequilíbrio muscular e doenças reumatológicas. No tratamento fisioterapêutico, diminui-se o impacto na região, realiza-se o alongamento e fortalecimento da musculatura da perna e treinamento correto.
– Dor na região do Trato Iliotibial (banda Iliotibial): Lesão inflamatória que acomete atletas pelo excessivo movimento de flexão de joelho. Normalmente essa síndrome vem associada a um encurtamento da musculatura posterior da perna e os glúteos e mudanças repentinas de treinos ou aumento de carga excessiva também podem levar a essa lesão. Os sinais e sintomas são hipersensibilidade e desconforto na parte lateral do joelho, dores no início da corrida podendo aumentar no decorrer da atividade. O tratamento desta patologia inicia-se com medidas anti-inflamatórias e analgesia na fisioterapia, associado a alongamento e posteriormente com o fortalecimento e adequação do gesto motor no retorno ao esporte.
– Condromalácia patelar: Patologia crônica degenerativa da cartilagem do joelho, também conhecida como “joelho de corredor” e ocorre na parte posterior da patela. Pode ser classificada em IV graus; Grau I – amolecimento da cartilagem e edema; grau II – fragmentação da cartilagem, menor que 1.3cm; grau III – fragmentação na cartilagem, maior que 1.3cm e grau IV – erosão e perda total da cartilagem. As causas ainda são desconhecidas, porém fatores anatômicos, fisiológicos e o excesso de carga na região podem estar relacionados. No tratamento conservador, deve-se diminuir a carga nessa região, fortalecendo e alongando a musculatura da perna, principalmente os músculos quadríceps e o vasto medial.